No passado dia 16 de setembro a
Câmara Municipal de Vila do Bispo levou até Inglaterra um dos mais
diferenciadores temas do seu rico património histórico-cultural: os
menires da Pré-história e as paisagens megalíticas.
A iniciativa contextualiza-se no
âmbito da participação do arqueólogo municipal Ricardo Soares e do Eng.º
Fernando Pimenta, astrónomo membro da Sociedade Europeia para a Astronomia na
Cultura, no mais importante encontro internacional dedicado à
investigação arqueoastronómica – a relação/orientação entre sítios e monumentos
arqueológicos com fenómenos celestes/astronómicos.
Em 2016, na sua 24.ª edição, a Conferência da SEAC - Sociedade Europeia para
a Astronomia na Cultura foi dedicada ao subtema “Casamento Astronomia
e Cultura: Teoria e Método no Estudo da Astronomia Cultural”.
Este encontro científico já
passou por importantes capitais da cultura histórico-arqueológica mundial, tais
como Alexandria, Malta, Roma, Rhodes, Atenas, Sardenha, Tenerife, Salamanca,
Granada, Dublin, Viena, Estrasburgo, Gdansk, Uppsala, Liubliana, Sófia, Sibiu,
Moscovo, México, Évora, etc. Desta feita realizou-se em Bath, cidade inglesa conhecida pelo
seu monumental passado romano e pela proximidade ao emblemático monumento megalítico de Stonehenge!
E
porquê
a associação do Concelho
de Vila do Bispo a esta destacada reunião arqueoastronómica?
A participação decorre do nosso
plano de investigação designado de “Orientação
na Paisagem dos Menires de Vila do Bispo e da Bacia Interfluvial de Lagos”
(2015-2016...), integrado no “Projeto
Carta Arqueológica do Concelho de Vila do Bispo” (2014-2016...).
Acolhido pelo Sophia Centre for the Study of Cosmology in Culture, da University of Wales Trinity Saint David, o encontro teve lugar numa importante instituição inglesa, a Bath Royal Literary and Scientific Institution. Perante um expressivo público académico, oriundo de países como Inglaterra, Irlanda, Escócia, Gales, Malta, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Islândia, Finlândia, Kosovo, Benim, Japão, EUA, entre outros, os menires de Vila do Bispo foram assim valorizados e divulgados numa perspetiva científica.
Acolhido pelo Sophia Centre for the Study of Cosmology in Culture, da University of Wales Trinity Saint David, o encontro teve lugar numa importante instituição inglesa, a Bath Royal Literary and Scientific Institution. Perante um expressivo público académico, oriundo de países como Inglaterra, Irlanda, Escócia, Gales, Malta, Espanha, Portugal, Itália, Alemanha, Islândia, Finlândia, Kosovo, Benim, Japão, EUA, entre outros, os menires de Vila do Bispo foram assim valorizados e divulgados numa perspetiva científica.
Além de uma melhor compreensão deste excecional fenómeno
megalítico, na sua origem intimamente associado aos fortes determinismos
geográficos impostos pela finisterra mediterrânica de Sagres, a nossa
investigação pretende comprovar uma antiguidade “record” e um presumível “pioneirismo
cultural”: nos alvores do Neolítico, na atual região de Vila do Bispo, foi
erguida a maior concentração de menires do ocidente da Europa, provavelmente os
mais antigos, os primeiros, num fenómeno megalítico que denuncia uma certa propagação,
de sul para norte, ao longo do extremo ocidente europeu, e cujo rasto se encontra
evidente, geográfica e cronologicamente, sobretudo no vizinho Alentejo Central,
passando pelos alinhamentos de Carnac, na Bretanha Francesa, e nas Ilhas
Britânicas, num bem conhecido “apogeu cultural” monumentalmente expresso no recinto megalítico de Stonehenge!!!